carinho e atenção

VÍDEO: veterinária dá dicas para cuidar das patas de cães e gatos

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Foto: Pedro Piegas (Diário)
Segundo a médica veterinária Desydere Pereira, não há necessidade de limpar as patinhas dos animais a cada passeio

Para os pets, andar com as patinhas em contato direto com o solo é como se nós, seres humanos, caminhássemos descalços pela rua. Se o chão estiver muito quente, podemos queimar os pés. Se o solo estiver demasiadamente úmido, o risco é desenvolver problemas de pele. O mesmo também vale para os animais. Doenças ou machucados nas patas atingem diretamente a capacidade de locomoção deles, em função da dor, que causa desconforto.


Conforme explica a médica veterinária Silvia Sonia Schultz, cachorros ou gatos que frequentem locais úmidos podem ter dermatites entre os dedos. Além disso, ela salienta que, ao passearem com os amigos de quatro patas, os tutores devem ter atenção com o local escolhido, já que, pelo chão, podem existir pedras pontiagudas, cacos de vidros, arames ou espinhos de plantas. Estes objetos podem causar ferimentos ao animal.

- Gatos sofrem os mesmos riscos, mas, como não costumam ser levados para passear na rua, não apresentam tantos problemas. Mesmo assim, é importante que o tutor examine as patinhas sempre que perceber algum desconforto no gatinho - alerta Silvia, que é formada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

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Em períodos de temperaturas elevadas, como no verão, ou de temperaturas baixas, como no inverno, os cuidados devem ser redobrados, segundo a médica veterinária. Ela alerta para os perigos nos passeios nos dias quentes:

- No verão, jamais devemos levar os cães para passear sob o sol quente. No inverno, em locais de neve e gelo, eles também têm queimaduras nas patas.

A médica veterinária Desydere Pereira acrescenta que as patas dos cães e dos gatos possuem uma pele diferenciada, justamente para se adaptar ao contato direto com o solo. Ainda assim, ela concorda com Silvia, e afirma que passeios não devem ser realizados quando o chão estiver muito quente ou frio.

Veja mais dicas com a médica veterinária Desydere Pereira:

MITO
Desydere diz ainda que não há necessidade de limpar as patas dos animais depois dos passeios diários. Essa contínua higienização tende a desenvolver lesões. Ela alerta para o excesso de coceiras ou lambidas nas patinhas, o que pode ser sinal de vários problemas:

- Tal comportamento pode significar que existam alergias, parasitas ou infecções - completa ela.

Segundo Desydere, alguns tutores acreditam que a pata do animal terá fungo (micose) se ficar molhada. Entretanto, ela garante que a micose só aparece se a pata ficar úmida durante muitos dias, o que não ocorre normalmente.

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- Humanos que molham os pés na chuva e permanecem dois dias com os tênis encharcados podem desenvolver a micose. Mas, nesse caso, seriam horas e mais horas com o pé úmido. Nos cães, o risco é maior nas patinhas que são limpas todas as vezes que voltam de passeios - exemplifica.

A estudante Marlei Camilo Marchesan é tutora da dálmata Meg, 10 anos. Há alguns meses, a cachorra pisou em cima de um arame, daqueles que ficam na estrutura do prendedor de roupas. A partir daí, conforme conta ela, o animal ficou abatido e arredio, e não foi fácil descobrir o que causava a dor:

- O ferrinho estava no meio dos dedos. Como demoramos para encontrar, tivemos que chamar a veterinária Silvia, que precisou anestesiar Meg para retirá-lo.

Pela experiência com a pet, Marlei corresponde às orientações comentadas pelas médicas veterinárias Silvia e Desydere. Elas recomendam que, ao passear com os animais, ou deixá-los transitar por espaços abertos, os tutores dobrem a atenção com itens que estejam pelo chão e representem perigo.

DICAS

  • No verão, o tutor deve sentir a temperatura do chão antes de passear  com o pet. Se estiver muito quente, nem pensar em passeio 
  • O ideal é que as saídas sejam no início da manhã ou no final da tarde
  • O tutor sempre deve procurar um profissional qualificado diante de  qualquer problema de saúde com o pet 
  • Se o animal começar a mancar ou se recusar a andar, ele precisará ser  examinado e tratado adequadamente 
  • Produtos ou medicamentos para pets, usados sem orientação médica,  podem retardar a melhora do problema ou até mesmo piorar o quadro  

*Colaborou Rafael Favero

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